A GRAÇA DO PAI Lc. 15:11-31

A GRAÇA DO PAI

(Lc. 15:11-31)

 
INTRODUÇÃO: a paternidade na sua mais profunda dimensão relacional muitas vezes aponta para uma reação sentimental de entrega, renúncia e proteção, e o que podemos enxergar neste contexto de mundo atual e que mesmo que o ofício paterno esteja em decadência ainda podemos vislumbrar em alguns contextos uma história de amor que permeiam a vida comum de pais e filhos.
Esta parábola aponta para um pai humano que não se curva diante das questões culturais, comportamentais e ao machismo evidente da época para mostrar de fato o que é uma história de amor de pai para filhos.
Queria pensar nas qualidades do pai da parábola para compreender em termos espirituais sobre a dimensão qualitativa do amor do Pai celestial, partindo do pressuposto das características citadas acima as quais se resumem para mim em uma palavra que define de fato a figura paterna de Deus; e esta palavra é DOAÇÃO.
 

DOAÇÃO É A PRINCIPAL ATIVIDADE DA GRAÇA ENCONTRADA NO PAI

 

DOAÇÕES DO PAI AOS FILHOS COMO ATITUDE DE SUA GRAÇA

 
I-                   LIBERDADE DE ESCOLHA AOS FILHOS (V 11-20 a)
Mesmo que seja uma atitude inusitada que o magoe, ele se volta contra ele mesmo. O pedido do filho de parte da herança mostra a desconsideração para com o pai, isso gera mágoa (V 12)
Mesmo que isso provoque consequências tristes para os filhos que fazem escolhas erradas. Escolhas erradas sempre causam danos e geram tristes consequências (v 13-14)
Mesmo que isso gere tamanha humilhação,  A pior humilhação para um judeu era ter que cuidar de porcos ainda mais desejar comer a comida deles,… ninguém lhe dava nada (v 15-16)
Ao fazermos escolhas erradas ficamos expostos ao sofrimento até que nos voltemos de novo para Deus. Se o filho pródigo não tivesse sofrido jamais teria se voltado para o pai (V 17-20)
v  Mesmo diante do sofrimento muitos não se voltam para Deus, rebelam ainda mais contra ele!
 
II-                EXPRESSÃO DE AMOR INCONDICIONAL (V 20 b –24)
O amor incondicional do Pai celestial é revelado pelo amor demonstrado pelo pai do pródigo.
Através do seu perdão – mesmo diante do desprezo e do pedido do filho pela parte da herança antes de morrer, este o perdoa. Aprendemos aqui que mesmo quando desprezamos o nosso Pai celestial, Ele está disposto a nos perdoar.
Pela atitude de espera – “Quando o seu pai o avistou…” (V 20). Parece aqui que o pai está continuamente a espera do filho. Assim Deus nosso Pai está também a nossa espera!
Através de compaixão “compadecido dele”… (V 20). O Pai sempre se compadece de nós!
Pela sua iniciativa de ir ao encontro daqueles que sinalizam arrepender-se “… vinha ele ainda longe… correndo, o abraçou e o beijou” (V 20). Quando sinalizamos o arrependimento mesmo longe, o Pai celeste corre ao nosso encontro, porém é preciso se arrepender!
Pela sua afeição “… correndo o abraçou e o beijou” (V 20) Quando nos voltamos para o Pai Ele nos abraça e nos beija nos dando o seu carinho!
Pela sua restituição à nossa posição de filhos (V 22)
Pela sua festa e alegria  (V 23-24; Lc. 15:7-10)
 
III-             EXERCÍCIO DE TRATAMENTO LONGÂNIMO (V 25-32)
Apesar de nossa indignação sem justificativa – “Ele se indignou…” (V 28)
Apesar do nosso orgulho – “… e não queria entrar” (V 28)
O Pai nos ensina a humildade   Uma particularidade divina  “…saindo porém, o pai…” (V 28)
O pai procura nos conciliar com Ele, com os outros e conosco mesmo “… procurava conciliá-los” (V 28)
Apesar da nossa justiça própria… a qual não passa de trapos de imundice por isso não podemos alcançar o favor divino, ter direitos diante de Deus – “… há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua …” (V 29 a)
Apesar do nosso egoísmo “… nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com meus amigos” (V 29). Temos sido muito egoístas. Às vezes achamos que sofremos quando na verdade não sabemos o que é sofrimento!
Apesar do nosso ciúme e de nossa inveja (v 30)
Apesar de o acusarmos injustamente, e questionarmos os seus caminhos – A acusação do filho mais velho era injusta, pois tudo que pertencia ao pai era dele também (V 29-31).
 
CONCLUSÃO: Deus tem nos dado a liberdade de escolha, temos alegrado ou entristecido o coração do pai com nossas escolhas? Lembre-se que Ele nos tem doado do seu amor e longanimidade e o que precisamos fazer é nos arrepender e irmos para sua direção, pois Ele ansioso nos espera. Está de braços abertos para nos receber só aguarda um sinal de arrependimento e rendição para correr ao nosso encontro. Que tal voltar hoje para os braços do pai aceitando o seu amor doador por você?
Pr. Carlos Norberto da Silva

Leave a Reply